Marques de Tamandare

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CENTENÁRIO DA MORTE DO MARQUES DE TAMANDARÉ

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"Honra é a força que nos impele a prestigiar a nossa personalidade. É o sentimento avançado do nosso patrimônio moral, um misto de brio e de valor. Ela exige a posse da perfeita compreensão do que é justo, nobre e respeitável, para elevação da nossa dignidade; a bravura para desafrontar perigos de toda ordem, na defesa da verdade, do direito e da justiça ".  Tramandaré

Em 13 de dezembro de 1807 nascia na antiga Vila do Rio Grande, à beira-mar, Joaquim Marques Lisboa, filho do Patrão-Mor da Barra do Rio Grande. Cresceu aprendendo com seu pai a nobre arte de navegar, tendo a ela dedicado muito de sua infância.

Ingressou na Marinha como voluntário da Academia Imperial e, não obstante seus incompletos I 6 anos de idade, logo conquistou a admiração de todos, mercê de seu desempenho mari-nheim, caráter e destemor. Permaneceu em serviço ativo até exonerar-se, espontaneamente, como Ministro do Superior Tribunal Militar, pouco antes de sua morte, ocorrida a 20 de março de 1897. Já era então o Marquês de Tamandaré, de quem muito se orgulhava a nação.

O Brasil que o viu nascer e iniciar sua carreira na Marinha era totalmente diverso daquele que chorou a sua morte. Ao longo de seus quase setenta e cinco anos de serviço, muitas foram as transformações que ocorreram. Joaquim Marques Lisboa acompanhou o crescimento da pátria, emprestando-lhe sua dedicação integral, energia, bravura, lealdade e disciplina.

Inicalmente, durante o período em que a Marinha teve papel preponderante nas lutas da Independência, ajudou o Brasil a tornar-se uma nação livre e soberana. A seguir, na época em que a estabilidade do Império foi afetada por convulsões regionais, contribuiu para a consolidação interna e manutenção da ordem no País. Foi nesta ação pacificadora que a Marinha se consolidou como elemento fundamental à preservação da integridade nacional.

Por ocasião das guerras externas, destacou-se, quando jovem, como brilhante tático e, mais

tarde, como notável estrategista. Ponderável parcela da projeção internacional obtida pela Marinha e pelo Brasil deve-se a seu talento e a sua marcante dedicação ao bem servir da pátria.

Do Brasil Colônia ao Brasil República, da Marinha àvela a Marinha a vapor. Tamandaré, em todas as circunstâncias, foi sempre exemplo vivo de espírito marinheiro, civismo e dignidade, de permanente sujeição dos interesses pessoais aos da instituição, de consciente profissionalismo naval e de vIvida crença no futuro da Nação brasileira.

A Marinha, em tributo a esse grande vulto naval, instituiu o diã 13 de dezembro como o Dia do Marinheiro, pois durante toda a sua existência, ele toi, por excelência, um marinheiro.

Serviço de Relações Públicas da Marinha

CENTENARY OF DEATH OF THE MARQUIS OF TAMANDARÉ

Young pilot trainee in 1823 under the orders of the Admiral John Taylor, Tamandaré had a distinguished performance during the persecution to the General Madeira's Portuguese fleet, under Admiral Cochrane orders who praised him highly. He has taken part in the Navy's all important actions carried on in the Regency's period stimulated by the spirit of an "only and strong" Brazil.

Commander of the Naval Division of Rio de Janeiro (1849), Captain of the Port of Rio de Janeiro (1852), Inspector of the Court's Navy Yard (1854), Deputy-Admiral in 1856, effective member of the Naval Council (1859), Tamandaré has organized and modernized the Navy adapting it for the steam navigation. In 1860 he received the title of Baron of Tamandaré (Count in 1887, and Marquis in 1888). He has been the first navy official to ever be awarded a nobility title.

In 1864 he assumed the command of the Prata naval forces and as its commander took part in the Paraguay war, leading the Brazilian fleet in Riachuelo, Curuzu, Curupaiti, Humaitá among other battles.

Promoted to Admiral in 1867 he became a member of the Superior Military Court and also the Empire's Counselor of War.

When the Republic was proclaimed he took leave of the Emperor D. Pedro II and went home. He died on March 20, 1897.

After 100 years of his death the sailors of today - heirs of the inestimable legacy left by their Patron - maintain the pride of belonging to the Navy of Brazil.

SERVIÇO DE RELAÇÕES PUBLICAS DA MARINHA PUBLIC RELATIONS SERVICE OF THE NAVY


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Last updated: 03/29/10.