RONDÔNIA Elevado
de Território à categoria de Estado da Federação pela Lei n.° 136, de 20 de dezembro
de 1981, o recém-criado Estado de Rondônia delineia-se com promissoras perspectivas de
expansão econômica, dada a excelente qualidade de suas terras e clima.
A ocupação deste que é hoje o mais novo Organismo
Político- administrativo brasileiro foi iniciada no século XVII, a partir da
penetração de portugueses na região amazônica. Os pioneiros colonizadores seguiram as
trilhas inicialmente abertas pelos padres j esuítas que vinham em em busca de riquezas
naturais. A descoberta de jazidas auríferas no vale do Guaporé provocou o surgimento dos
primeiros núcleos urbanos.
O segundo surto de colonização aconteceu somente no século
XX, provocado ao fim do período áureo da borracha. Com a construção da estrada de
ferro Madeira-Mamoré, apareceram novos núcleos populacionais.
Nesta última década, o número de migrantes que procura
Rondônia em busca do Eldorado vem aumentando sensivelmente. Os fluxos migratórios, cada
dia mais crescentes, permitiram que se adotasse um tipo de ação para fixar o homem que
chega atraído pelas excepcionais qualidades do solo. Em 1978, foram cadastrados pelo
Governo 12.664 migrantes; no ano seguinte, este número foi quase triplicado, reunindo,
segundo estatísticas oficiais, 36.791 pessoas que buscaram em Rondônia melhores
condições de vida e, até 1990, espera-se novamente triplicar a atual população com
gente advinda, principalmente, do Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Espírito Santo e M
inas Gerais.
Com uma das menores densidades demográficas do País,
Rondônia chega a ter o correspondente a 0,5 habitante por km2. São, portanto, grandes as
potencialidades regionais para abrigar novos fluxos migratórios.
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Estado essencialmente jovem, sua população concentra-se na
faixa de 10 a 35 anos de idade,Acompanha-se com muito otimismo a rapidez do processo de
expansão demográfica e econômica, que apresentou, nos últimos cinco anos, uma taxa
anual de crescimento da ordem de 16%.
Com a pavimentação da rodovia Cuiabá-Porto Velho, que
interliga estes dois importantes pólos distantes cerca de 1500 km, e a construção da
usina hidrelétrica de Samuel, novos horizontes se abrem para o progresso de Rondônia.
Além disso, a região vem sendo apontada como a nova e promissora fronteira no processo
de ocupação produtiva do Centro-Oeste e da Amazônia. São cerca de 410.000 km2
altamente favoráveis à agricultura. Mais da metade da área terrestre dessa região é
considerada adequada para cultivos agrícolas temporários e permanentes.
Confirmando sua importância no contexto agricola do Noroeste
brasileiro, elevou-se em cerca de 300% a área plantada do Estado. Presentemente, o
Noroeste brasileiro, com destaque para Rondônia, produz em torno de 30 mil toneladas de
café e cacau; 160 mil toneladas provenientes de lavouras de arroz, milho, feijão,
mandioca, amendoim e algodão; 120 mil toneladas de madeira e 25 mil toneladas de carne.
O arroz representa 34% das culturas do novo Estado e sua
produção vem crescendo em ritmo surpreendente. Outra cultura que vem tendo excepcional
crescimento é a do milho e para o cacau está sendo desenvolvido, em Rondônia, o maior
programa da CEPLAC/Amazônia, enquanto, paralelamente, a cultura do café também se
expande.
Em futuro próximo, Rondônia deverá ser auto-suficiente em
sua pecuária, suprindo, além de suas necessidades, as dos Estados vizinhos do Acre e
Amazonas.
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