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A sorte faz ganhar em loterias. A sorte pode até fazer cruzarem em determinado instante. Os caminhos de duas pessoas que desde então para diante passarão a trilhar um só caminho. A sorte, porém, jamais plasmará um campeão esportivo. Um campeão. em qualquer esporte, é fruto de um trabalho incansável de uma dedicação exclusiva. de uma determinação tenaz. Quando a esses atributos essenciais junta-se o amor à terra natal e aos compatriotas de todas as classes sociais. tem-se um campeão à parte, único em sua doação nacional: Ayrton Senna. A sua ficha técnica, do Kart. em 1970. à Fórmula 1 em 1984 passando pela Ford 1.600. Ford 2.000 e Fórmula 3. é uma sucessão de recordes em "pole-positions" de vitórias em uma só temporada de "pole-positions" consecutivas. Com 22 "pole-positions" e 22 vitórias, na 2.000. Campeão de Fórmula 3 em 1983. Na Fórmula 1. 64 "pole-positions" e 41 vitórias. tricampeão. Granjeou a admiração do mundo pela técnica e pelo arrojo. Pelos centímetros depois, nas freadas, por ultrapassagens inesquecíveis que ameaçavam por aqui e voavam por ali. Perfeito Garrincha das pistas automobilísticas. Mas foi aqui. na sua terra natal. que a admiração virou paixão. Dia de corrida de Fórmula 1 era infalível: pais e filhos (às vezes também mães e filhas) olhos fixos na telinha. mãos apertadas como que agarrando um volante imaginário. viviam cada curva. cada reta. cada instante e ganhavam até coragem para corrigir o campeão: "Não! Por aí não!" No fundo todos ansiavam por aquele momento final. Aquele. da volta triunfal empunhando com garra. quase que com raiva. a bandeira auriverde. Era a glória. Era o momento em que cada brasileiro. por mais humilde e desamparado. lançava aquele olhar de desafio universal. "Viu? Vai mexer com brasileiro!" Mas se não era dia de bandeirada nem de bandeira empunhada ficavam as alegrias adiadas para o próximo circuito: "Lá não tem erro. Lá é de técnica pura. É pista de guiar com as pontas dos dedos:' Ayrton Senna. tricampeão da Fórmula I. nasceu em São Paulo, no dia 21 de março de1960. Morreu naquele infausto 1ro de maio de 1994,vítima de uma inimaginável falha mecãnica. Mas... Não! Não /norreu! Porque não morrem os que não são esquecidos pelas alegrias que proporcionaram e pela assistência material que deram a milhares de necessitados, os quais, reservadamente, Ayrton Senna amparava por meio de inúmeras instituições. Sempre, ao se assistir qualquet competição automobilística, ficar-se-á. quer se queira quer não, a fazer a infalível comparação: "0 Ayrton faria melhor" ,Tornou-se paradigma de competência.
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