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FLORES da AMAZONIA
Não é à toa que se diz que o brasileiro é um povo criativo. Vejam quantos apelidos essa árvore de alta plasticidade, encontrada em toda a Região Amazônica, inclusive na parte venezuelana, e na Guiana, já recebeu: macacarecuia, abricó-de-macaco, cuia-de-macaco, árvore-de-bola-de-canhão e amêndoa-das-Andes. Isso sem falar em seu nome científico, que é couroupita guianensis. A escolha para que figurasse em selo postal foi, entre outras razões, o fato de estar longe do convívio diário dos cidadãos das grandes metrópoles. Esse é, sem dúvida, um excelente meio de torná-Ia conhecida, ainda mais por se tratar de riqueza natural de grande beleza. A árvore, de médio a grande porte, atinge de 8 a 15m de altura, com diâmetro de 30 a 50 cm. Sua copa é fechada e seu tronco, reto e liso. As folhas de um verde brilhante se reúnem na extremidade dos ramos, de onde nascem as flores. Vistosa, a flor, que floresce de setembro a março, tem diâmetro de 10 a 12 cm e pétalas vermelhas ou rosadas, na parte superior, e creme, na inferior. Os estames, com seus múltiplos filetes, adquirem forma semelhante a um globo. Entre dezembro e março, a árvore produz o fruto marrom do tamanho de uma bola de futebol e semelhante a uma enorme jabuticaba. Ele é formado por numerosas e pequeninas sementes de formato arredondado. Toda essa beleza pode ser observada nos igapós e matas de várzea, em solos úmidos ou inundados. A responsável por sua transformação numa pequena obra de arte é a artista Maria Cândida Vilela Cruz, que apostou no uso da aquarela para dar maior vivacidade às cores dessa exótica planta. |
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