A Fortaleza de Santo Amaro da Barr grande, patrimônio histórico com mais
de 400 anos, apresenta diferentes arquitetônicos que vão do Maneirismo ao
Barroco, chegando ao Contemporâneo por meio de suas obras de restauração
Dessa forma foi representada no selo lançado dia 21 de abril, em Guarujá/SP,
mantendo seu espírito forte e belo, cuja imagem branca se destaca em meio às
cores da exuberante natureza da Baixada Santista ao seu redor. O ângulo
explorado no selo, uma criação de Luciana Hirata e Dickson Távora,
possibilita a visualização de suas muralhas, dos paredões, das guaritas, da
capela dedicada a Santo Amaro e da casa de comando. O conjunto está disposto
em meio às rochas, ao extenso verde que compõe o morro do Góes e ao azul do
mar.
Uma das atrações da Fortaleza o canhão Blomefield, do século XIX,
aparece retratado em primeiro plano na composição.
Erguida em 1584, por ordem do Rei Felipe I de Portugal e II da Espanha, na
época da União ibérica, a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande protegeu
as terras e as águas do estuário de Santos, na Colônia, no Império e na
República do Brasil. No alvorecer do século XX perdeu seu valor estratégico,
sendo substituida pela Fortaleza de Itaipu, pouco antes da ia Guerra Mundial.
Barra Grande ocupa um esporão rochoso da exuberante ilha-município de
Guarujá, São Paulo. que se projeta sobre o estreito canal de acesso ao maior
porto da América Latina. Não há navio que aporte em Santos sem desfilar a
pouco mais de 100 metros de suas espessas, rústicas e exuberantes muralhas. A
formidável posição estratégica de bloqueio ao porto foi ocupada após
ação militar vitoriosa de Andrés Higino -sob o comando do almirante
espanhol Diogo Florez Valdez - contra as caravelas de Edward Fenton, corsário
inglês, em 1583. Sua forma arquitetônica original foi concebida pelo
italiano Giovanni Battista Antoneli, que acompanhava a esquadra de Valdez.
Barra Grande teve seu complexo arquitetônico progressiva-mente ampliado,
por vezes remodelado, com a finalidade de acompanhar a evolução da
Artilharia da Costa. No início do século XVIII foi reconstruída e, no
final, remodelada, sendo, portanto, daquela época a principal configuração
arquitetônica que hoje prevalece. Em 1893, contra o cruzador República, na
Revolta da Armada, a velha Fortaleza cumpriu sua última missão de artilharia,
cessando, aí, o troar de seus canhões.
Barra Grande, ativa até 1905, ganhou uma "sobrevida" de meio
século, tornando-se sede do Círculo Militar de Santos. Foi tombada em 1967 e
entregue ao antigo SPHAN/Pró-Memória. Hoje pertence ao IPHAN - Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, braço realizador do