HOMAGE
TO GLAUBER ROCHA
In May 1964 the motion picture "Deus e o
Diabo Sha Terra do Sol" was performed during the 17 International Film Festival of
Cannes (France) and got the international review prize. From then on the Cinema Novo (an
avant-garde Brazilian cinema) started having international repercussion.
The director of the polemic and stimulant
motion picture was by that time a 25 year old young man who started his career in the
cinema with the performance of the following short-length experimental pictures:
"Pátio " (1957) and "Cruz na Praça" (1959). He also finished
"Barravento " ( 1962), a long-length motion picture started by Luis Paulino dos
Santos. These works as well as the tasks he carried out as a cinema reviewer had already
high-lighted his name in the intellectual circles of Salvador city where he was considered
one of the young Brazilian cineasts of that epoch.
With the protesting text "A Estética da
Fome" and the issue of the scenario of "Deus e o Diabo", in the following
year he achieved fame.
¶ In 1966, while he was waiting for the
beginning of his new motion picture, Glauber Rocha produced two short length documentaries
as follows: "Amazonas Amazonas" and "Maranhão 66"; the plot of the
last one referring to the entrance into office of the then Governor José Sarney. The next
film, "Terra em Transe" got also distinction and prizes of the international
review. Before his third long-length motion picture, he had a new experience,
"Cancer"; and then, with the film "O Dragão da Maldade Contra o Santo
Guerreiro" he got the prize of the best motion picture director of Cannes Festival,
in 1969.
This prize gave him the opportunity to work
abroad producing the following films: "Der Leone Have Sept Cabeças" (1969) a
French/Italian joint-production filmed in Africa; "Cabeças Cortadas" (1970)
filmed in Spain; "História do Brasil" (1974) which had Marcos Medeiros as a
joint-director, filmed in Cuba and Italy; and "Claro" an Italian production
dating from 1975.
¶ Once again, in 1977, he was awarded a prize
at Cannes¶ Festival with the performance of the short-length "Di
Cavalcanti", a homage he paid to his friend, the painter Di Cavalcanti, who had
recently died. This very polemical film was interdicted by the painter's family.
"A Idade da Terra" (1978) which had
in its cast the following artists: Norma Bengell, Jece Valadão, Ana Maria Magalhães and
Geraldo del Rey, was performed at the International Cinema Exhibition of Venice and got
controversial and enthusiastic opinions. About this motion picture the Italian
Michelangelo Antonioni said: "each scene is a lesson showing how modern cinema has to
be done".
In August 1981, Glauber Rocha came back from
Portugal very sick and died on 22nd of the same month. During his funeral, many friends
admirers and artists were present and immediately started to study Glauber Rocha's work.
Little by little, they realized that his work was much larger than they had imagined. At
the present time his works are kept at Tempo Glauber, a museum and center of studies
containing documents about cinema, scripts that were never filmed, poems, plays, original
books which had never been issued and drawings. They are examples which prove that Glauber
Rocha's work is still enthusiastic and alive.
EMBRAFILME BRAZILIAN ENTERPRISE OF FILMS (S.A.)
HOMENAGEM A GLAUBER ROCHA
Em maio de 1964, "Deus e o Diabo na Terra do
Sol"é apresentado no XVII Festival Internacional do Filme em Cannes, recebe o premio
da crítica e desencadeia a repercussão do novo movimento cinematográfico brasileiro -
Cinema Novo - em escala internacional.
Glauber Rocha, o diretor do polemico e
instigante filme, era um jovem de vinte e cinco anos que estreara no cinema com os curtas
experimentais 'Pátio" (1957) e "Cruz na Praça" (1959) e finalizara
"Sarravento" (1962), longa-metragem iniciado por Luis Paulino dos Santos. Essas
realizações, além de suas atividades de crítico cinematográfico, já o haviam
destacado no meio intelectual de Salvador como um dos jovens cineastas brasileiros da
época.
O texto-manifesto "A Estética da
Fome"e a edição do roteiro de "Deus e o Diabo", no ano seguinte,
confirmam a projeção teorica do cineasta.
Em 1966, enquanto aguardava as filmagens de seu
próximo filme, Glauber realiza dois documentários de curta-metragem: "Amazonas
Amazonas" e "Maranhão 66", este último sobre a posse do então governador
Jose Sarney. O filme seguinte "Terra em Transe" também conquistava
reconhecimento e prêmios da crítica internacional. Antes do terceiro longa-metragem uma
nova experiencia, "Cancer" E então "O Dragão da Maldade Contra o Santo
Guerreiro" o premio de melhor diretor do Festival de Cannes, em 1969.
Essa premiação lhe confirma a possibilidade
de realizações no exterior. "Der Leone Have Sept Cabeças" (1969), rodado na
África numa co-produção francoitaliana; "Cabeças Cortadas" (1970), feito na
Espanha, "História do Brasil" (1974), co-dirigido por Marcos Medeiros,
realizado em Cuba e na Itália, e "C/aro" produção italiana, de 1975.
O Festival de Cannes o premiaria mais uma vez
em 1977, pelo curta-metragem "Di Cavalcanti" uma homenagem ao pintor e amigo
recentemente falecido, que provocou grande polemica, tendo sido interditado pelos
familiares do artista, "A Idade da Terra" (1978), que contou com a
participação de Norma Benguell, Jece Valadão, Ana Maria Magalhães e Geraldo del Rey, e
apresentado na Mostra Internacional de Cinema de Veneza, e provoca opiniões
controvertidas e apaixonadas, tendo merecido do diretor italiano Michelangelo Antonioni o
comentário de que "Cada cena é uma lição de como se deve construir o cinema
moderno".
Em agosto de 1981, Glauber retorna de Portugal
em grave estado de saúde. Morre no dia 22, e o seu velório reuniu inúmeros amigos,
admiradores e artistas, que, logo em seguida,começaram a estudar sua obra, que se revelou
bem mais ampla do que se conhecia. Hoje, reunidos no Tempo Glauber, museu e centro de
estudos, encontram-se em análise textos sobre cinema, roteiros não filmados, poemas,
peças de teatro, originais de livros inéditos e desenhos; exemplos de que seu trabalho
continua vivo e instigante.
EMBRAFILME EMPRESA BRASILEIRA DE FILMES S.A.
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