Rodrigo M. Franco

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CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE RODRIGO MELO

FRANCO DE ANDRADE - PATRIMONIO

HISTORICO E ARTÍSTICO

Rodrigo Melo Franco de Andrade, fundador e durante 30 anos diretor da instituição federal do patrimônio histórico e artístico nacional - atual IPHAN-, nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, a 17 de agosto de 1898.

O movimento modernista de 1922 passou a ter mais um porta-voz quando Rodrigo aproximou-se de Mário de Andrade e tomou-se redator-chefe da "Revista do Brasil". Paralelamente à sua carreira jornalística, iniciada em 1921, Rodrigo trabalhou no escritório de advocacia de seus tios Afrânio e João de Melo Franco. Em 1930 foi convidado pelo primeiro Ministro da Educação e Saúde, Francisco Campos, para ocupar a chefia do gabinete do Ministério.

Em 1936, por indicação de Mário de Andrade e de Manuel Bandeira, o Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, convidou-o para organizar e dirigir o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A proteção dos bens patrimoniais passou a ser sua atividade principal.

A implantação do Serviço do Patrimônio exigiu o cumprimento de diferentes tarefas, como a redação de uma legislação especifica, com a introdução da figura do tombamento, disputas judiciais, luta pela sobrevivência da repartição, a busca de uma consciência de preservação, em nível nacional, e a preparação de trabalhos e técnicos na área, como pesquisadores, historiadores, juristas, arquitetos, engenheiros, conservadores, restauradores e mestres de obra.

O trabalho realizado por esses profissionais, sempre sob a orientação de Rodrigo, foi enorme e compreendeu a realização de inventários, estudos e pesquisas, obras de conservação, consolidação e restauração de monumentos, de um arquivo de documentos, de acervo fotográfico e uma biblioteca especializada, bem como a criação de museus regionais e nacionais. Para divulgar esse trabalho, foi criada uma linha editorial dentro da instituição, onde destaca-se a "Revista do Patrimônio", cujo primeiro número circulou ainda em 1937.

O período em que Rodrigo esteve à frente do órgão de proteção ao patrimônio nacional - 1937 a 1967 - ficou conhecido como a fase heróica, refletindo a realidade do seu trabalho. Os que o conheceram e com ele trabalharam afirmam que o envolvimento entre a pessoa e o serviço era tão grande, que é impossível entender o Patrimônio sem conhecer e compreender a personalidade e a atuação de Rodrigo de Melo Franco de Andrade, que faleceu em 1969.

 

TEREZINHA MARINHO
escritora

 


CENTENARY OF THE BIRTH OF RODRIGO

MELO FRANCO DE ANDRADE - HISTORICAL

AND ARTISTIC PATRIMONY

 

Rodrigo Melo Franco de Andrade, founder and director for a period of thirty years of the Federal institution of Preservation of the National Historical and Artistic Patrimony - today named IPHAN -, was born in Belo Horizonte, in Minas Gerais, on August 17th 1898.

The Modernist movement of 1922 carne to have one more spokesman when Rodrigo befriend Mário de Andrade and became editor in chief of Revista do Brasil (Magazine of Brazil). ln parallel to his career as a journalist, which began in 1921, Rodrigo worked in a law firm for his uncles Afranio and João de Melo Franco. ln 1930, the first Minister of Education and Health, Francisco Campos, invited him to become the Minister’s Chief of Staff.

ln 1936, through recommendation by Mário de Andrade and Manuel Bandeira, the Minister of Education and Health, Gustavo Capanema, invited him to organize and direct the Service of National Historical and Artistic Patrimony The protection of patrimony assets became his main activity.

The implementation of the Service of Patrimony demanded execution of different tasks, such as the composition of a specific legislature, with the introduction of the figure of a registrar (one who would carry out the inventories), judiciary disputes, fight for the survival of the partition, search for a conscience of preservation on a national level, and the preparation of works and technicians in the area, such as researches, historians, jurist, architects, engineers, conservationists, restorers and surveyors.

The work carried out by these professionals, always under the orientation of Rodrigo, was enormous. It included the realization of inventories, studies and research, conservation work, consolidation and restoration of monuments, a document archive, a photographic collection and a specialized library, as well as the creation of regional and national museums. To divulge this work, an editorial line was created within the institution, where the Revista do Patrimônio (Magazine of Patrimony), of which the first copy circulated way back in 1937, stands out.

The period during which Rodrigo was in charge of the protection organ of national patrimony - 1937 to 1967 -was known as the heroic phase, reflecting the reality of his work. Those who knew him and who worked with him affirm that the involvement between the person and the service was so great, that is it impossible to understand the Patrimony without knowing and understanding the personality and accomplishment of Rodrigo Melo Franco de Andrade, who died in 1969.

 

TEREZINHA MARINHO
Writer

 

 

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Last updated: 03/29/10.